Entropia Máxima

By Branca Andrade

06 dezembro 2006

Por favor, não pichem a minha cidade!



Ando pelas ruas da minha cidade, considerada uma das mais belas do mundo, e me revolto ao ver os escritos nos muros. Na Praça Mauá, por exemplo, não há uma parede sequer que não tenha um rabisco. A situação já está tão descontrolada que os donos dos muros reservam espaço aos pichadores, e as janelas dos andares baixos dos prédios alvos de pixação estão com grades; uma tentativa de manter a privacidade e a segurança.
A cidade é nosso patrimônio e pichar é um ato de vandalismo. Ainda que sejam escritos contra a conjuntura política atual é preciso lembrar que existem meios mais eficientes e inteligentes de expressar opiniões e revoltas sem perder a credibilidade. Não consigo alcançar a importância tão grande que tem o poder adquirido pelos pichadores famosos. São apenas rabiscos! Rabiscos que na maioria das vezes não têm significado algum!
Que hobbie é esse que se sustenta no crime, na depredação do que nos pertence? Não consigo entender a lógica da destruíção como forma de se vangloriar e ser aceito na sociedade e em um determinado grupo. Por favor, não pichem a minha cidade! Não pichem a sua cidade! Deixem ela maravilhosa como sempre foi!