Entropia Máxima

By Branca Andrade

22 maio 2008

Reportagem: Novas Mídias Publicitárias



Reportagem exibida no canal 16 da NET (UTV), no dia 08/05/2008, no programa "Boca do Povo", produzido pela Universidade Estácio de Sá.

07 maio 2008

Onde os fracos não têm vez


Ganhador de quatro prêmios do Oscar 2008, dentre eles o prêmio de melhor filme, "Onde os fracos não têm vez", apesar de aclamado pela crítica, não caiu no meu gosto pessoal. Realmente, gosto é algo que não se discute, mas é importante comentar, até para que outras pessoas tenham acesso a visões diferentes de um mesmo assunto.
A proposta do filme de mostrar a diferença de combate ao crime à moda antiga (sem armas) frente a situação de transição da década de 80, onde o banditismo detém armamentos cada vez mais eficientes e modernos, pareceu uma boa idéia, até o momento que a banalização da violência foi enfatizada frame a frame da obra.
De narrativa lenta, o filme estampa mensagens angustiantes de mortes sem precedentes, realizadas por um assassino psicótico, Anthon, interpretado por Javier Bardem (que atuou brilhantemente), durante sua busca por uma mala com dinheiro. É claro que este tipo de assassino realmente existe, contudo não vejo fundamento na banalização da violência como forma de comprovação da mudança social que a polícia Texana enfrentou àquela época.
Segundo Carla Meneghini, do G1, a história é uma espécie de suspense ambientada no faroeste, com seqüências de perseguição de tirar o fôlego. Mas, acima de tudo, é um estudo de personagens, um mergulho na psicologia da violência, cuja riqueza está em observar como as pessoas reagem a um indivíduo de natureza puramente má. Só uma direção impecável (Ethan Coen e Joel Coen)
consegue fazer com que uma visão tão negativa de nós mesmos seja tão deliciosa.
Contudo, é importante lembrar que por ora pode ser desagradável testemunhar a mediocridade humana e reconhecer-se na maldade. Longe de considerar a obra tecnicamente mal feita, ressalto apenas uma questão de apreciação pessoal. Se muitos não saíram da cadeira pois estavam presos à narrativa, eu, pelo menos, rezava para que o filme terminasse logo, afinal, de miséria humana, maldade e violência, já bastam as que assisto nos noticiários de TV. Prefiro assistir a morte e tortura de um vilão, que sua supremacia perante os inocentes. Piegas? Talvez sim. Mas gosto... cada um tem o seu.

Ballet's



Há quase um ano eu escrevi que o próximo post seria sobre ballet's que vi na Alemanha. O fato é que fica difícil falar do que vi e na realidade não mostrar nada. Deixei o blog um pouco de lado, mas acho que agora serei uma boa blogueira e atualizarei os posts todos os dias. Então, voltando ao assunto dos ballets que vi, posso dizer que a mais forte característica das peças encenadas está no público que as assiste. A platéia sempre lotada, o público é íntimo do que está sendo encenado, conhece os bailarinos e se interessa por saber mais sobre a obra em questão, apesar do ingresso ter o preço bem acima do que é cobrado aqui no Rio de Janeiro.
Noto que quando vamos assistir ballet's como Giselle e Lago dos Cisnes, que são os mais conhecidos, a platéia não conhece a história e não a percebe no meio da encenação. O ballet funciona como um teatro mudo, onde a linguagem utilizada é o corpo, a dança, e a cenografia vem para compor toda a história e ajudar o público a se localizar.
Uma característica interessante é a própria cenografia das peças nos teatros alemães, onde a busca da transportação da platéia para o interior da história é uma preocupação. Para isto são utilizadas cachoeiras virtuais em uma releitura de La Bayadere, trens que invadem a cena em Anna Karenina, dentre outros. Todas estas particularidades vi na Cia. da qual minha irmã faz parte - a Cia. Estadual de Karlshrue, na Alemanha. Para que vocês possam ver um pouquinho da maravilhosa expressão clássica que vi, seguem abaixo alguns vídeos: