Entropia Máxima

By Branca Andrade

30 dezembro 2006

Você rasgaria R$1?


Restava apenas uma semana para a chegada do Natal. Uma semana para a época que o dinheiro faz mais falta para muita gente, não apenas para comprar presentes, mas para fazer uma pequena ceia. Neste dia eu havia acabado de acordar na casa da minha cunhada, na Barra. Meu marido estava se preparando para descer e comprar o pão-nosso-de-cada-dia. Geralmente eu não costumo descer, pois a preguiça é maior que eu, mas eis que neste dia, especialmente o dia que marcava uma semana anterior ao Natal, eu desci!
Íamos, meu marido e eu, caminhando pela rua. Após chegarmos a padaria escolhemos os pães, e eu, milagrosamente, resolvi comprar um sonho (não costumo comer doces) e um quindim para minha mãe. Feito isto nos encaminhamos para o caixa.
Meu marido tem mania de selecionar notas, e dentro de sua carteira havia uma nota de R$1 mais feinha a qual ele não hesitou em entregar a caixa da padaria. Para minha surpresa a caixa pegou a nota e disse:
- Nossa, mas que R$1 feio!
A princípio eu resolvi contar até dez e não responder rispidamente à funcionária. Engoli o sapo e fiquei observando-a amassar a nota de R$1 enquanto meu marido colocava as compras no saco. Só então me dei conta que ela estava amassando o dinheiro para jogar fora e perguntei para ter certeza do que estava presenciando:
- O que você está fazendo com essa nota?
Ela respondeu com uma simplicidade que me irritou:
- Vou jogar fora. Aqui ninguém aceita uma nota nesse estado.
Imediatamente eu me joguei pra cima da nota e a peguei de volta dizendo:
- Se ninguém aceita eu aceito! Está feia mas é dinheiro e isto não se rasga!
Meu marido até ofereceu uma moeda de R$1 para substituir a que eu "tomei" de volta, mas a funcionária se deu ao luxo de recusar.
Saí da padaria revoltada. Só porque era uma padaria da Barra as pessoas não aceitariam a nota feia? Que eu saiba o real tem o mesmo valor na Barra ou em Nova Iguaçú. Como pode aquela funcionária rasgar dinheiro. A nota não estava nem em tão mal estado assim! Isto é um crime contra o tesouro nacional. Sem contar que, para mim, quem rasga dinheiro é maluco, pode internar! Só em novela se rasga um cheque de R$1 milhão e ainda se discute se na vida real alguém faria o mesmo!
Não é preciso ir muito longe daquela padaria para saber quantas pessoas estão precisando de R$1. Lá mesmo, na Barra, onde os moradores são os chamados "emergentes", existem meninos que vendem balas no sinal, fazem malabares e, vez por outra, também encontro pedintes. Com que autoridade aquela funcionária da padaria rasgaria R$1? Isto é um deboche, uma afronta não só a mim, mas à sociedade.
Saí daquela padaria com o triste pensamento de que aquela funcionária da padaria pertence a mesma nação a qual eu pertenço. Ela vota nas mesmas eleições que eu voto. Imagino que ela deva escolher exatamente os candidatos que "rasgam" o dinheiro público às nossas vistas ou desviam-no para cuecas contrabandistas. Mas, entre mortos e feridos, eu economizei R$1 e a funcionária provavelmente teve que cobrir a diferença de R$1 no caixa ao findar o dia.

19 dezembro 2006

Agora virei mendigo!


Mais um dia de rotina. Faculdade, estágio e trabalho. É impressionante como nas ruas se aprende, nas ruas temos as melhores oportunidades de reflexão sobre as mazelas da vida. Foi no ponto de ônibus que aprendi um pouco mais sobre o país que vivo. Uma pessoa que normalmente ninguém ouviria que definiu para mim a atual condição conflitante e desesperante do Estado.
Ele vinha chorando, rosto sofrido, tensão no olhar. Negro, alto, com seus 35 anos e muita revolta ele escolheu a mim dentre os demais “aguardantes” dos meios de transportes urbanos, vulgo ônibus, para desabafar a dor que sentia:
- Agora virei mendigo! - Foi com esta frase impactante que ele iniciou o monólogo, pois eu me limitei a apenas ouvir o que ele dizia de tão assustada. Atualmente esse comportamento é esperado por qualquer um devido ao alto índice de violência no Rio.
E continuou a falar:
- Vê se pode? Eu, trabalhador honesto, estava vendendo minhas mercadorias e a Guarda Municipal me levou tudo! Meu meio de sobrevivência, levaram tudo... – com um gesto ele levou as mãos a cabeça, parecia estar perdido, sem rumo.
E continuou:
- Se eu não fosse honesto, eu podia ir lá na favela, e virar bandido... Deus que me perdoe! Eu tenho uma filha para criar, não queria fazer isso... mas agora eu vou passar a roubar! Olha aqui minhas mãos? Elas são limpas, mas não serão mais, porque não querem me deixar trabalhar... E sabe quem são os maiores prejudicados? São vocês. Os bandidos vem assaltam vocês que não tem nada com isso...
Nesta hora o meu ônibus chegou e eu tive que ir embora. O homem seguiu pela rua meio desnorteado, da janela do ônibus eu o vi caminhando olhando para longe. Ele não queria assaltar, ele só precisava desabafar a falta de oportunidade, o sol que não brilhou para ele.
No ônibus segui pensando sobre o ocorrido e cheguei à conclusão que em resumo o que ele disse é que o Estado não o deu oportunidade. Não era um homem culto, logo não teve oportunidade de educação. Estava desempregado, logo o Estado não estava facilitando a inclusão dele no mercado de trabalho. Por causa dos altos índices de desemprego surgiu o mercado informal, criado pelo não posicionamento do Estado em desenvolver políticas criadoras de emprego, e este homem viu neste segmento uma oportunidade de se sustentar e sustentar sua família e, de repente, o próprio criador do mercado informal o reprime. E por este motivo este homem talvez vire um assaltante. Ou seja, o Estado também alimenta a violência, a insegurança pública. Estamos no meio de uma bola de neve!
Não levo em consideração a veracidade do discurso do homem, nem se ele vendia produtos piratas. Não estou fazendo apologia ao crime e muito menos incentivando o mercado informal. Mas se o Estado cumprisse seu papel de facilitador, se a democratização das infraestruturas de base funcionasse com boa qualidade, talvez não estivéssemos discutindo este assunto. A mensagem que esse homem PASSOU, ignorante sim, mas um homem que sente na pele a marginalização, foi muito importante.
Na sociedade contemporânea nós fazemos questão de nos isolar em nossos condomínios, em nossas casas, como se este país não fosse nosso. Nos revoltamos em casa, sentados na poltrona, na frente da TV, mas sequer nos levantamos para mostrar ao Estado o que queremos, o que pensamos ou mesmo que não estamos satisfeitos. O individualismo é egoísta, e nós estamos sendo egoístas com nós mesmos a partir do momento que nos calamos frente ao que acontece debaixo do nosso nariz. Aceitamos sermos assaltados sem processar o Estado que deveria garantir a nossa segurança. Aceitamos calados passar horas em filas de hospitais públicos lotados sem reclamar o nosso direito à saúde. Abaixamos a cabeça para o péssimo ensino das escolas públicas, afinal de que serve o futuro dos nossos filhos? Eles podem ser jogadores de futebol ou modelos. Os não aptos a essas profissões talvez nem merecessem viver! A voz do povo se calou e consentiu que as coisas ficassem como estão. Será que ainda dá para melhorar?
Falamos mais com os que estão distantes e importamos cultura, comportamento de fora daqui. Estamos felizes em sermos imitativos, em sermos modernos sem nos modernizarmos. O importante é ser global, é estar globalizado, sem necessariamente sê-lo de verdade. Aderimos à política da globalização somente para não ficar de fora, não estávamos preparados para tanto. Porque o Brasil deveria ficar de fora? Os países vencedores são globalizados! Nós também temos que ser, pois a globalização veio para salvar o mundo, e os problemas primários da sociedade são deixados de lado. Não! A globalização não a solução para o mundo. Se quisermos ser parte desse infinito todo temos antes que aprender a ser um todo. Vamos buscar lá fora o que realmente vale a pena, coisas que as gerações não vão levar... Vamos importar a garra do povo francês que ainda milita nas ruas, vamos importar a vontade de investir em pesquisas de Cuba, vamos importar a inteligência do povo Japonês e a liberdade de expressão de Londres. Subamos todos num banquinho, tiremos nossos pés do nosso solo para analisarmos nossa condição de outro ângulo, e falemos mal do que não gostamos aqui, afinal esse país chamado Brasil é nosso!

14 dezembro 2006

Meus oito anos

Poesia da qual retirei trecho para o post anterior


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!


Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!


Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!


Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!


Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus —
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!


Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!


................................


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

Casimiro de Abreu

Velha Infância


Cinco minutos da praia, um amplo quintal onde minha mãe cultivava as plantas, meu primeiro lar... Catete! Lugar que "fabricou" todas as minhas lembranças; lembranças nostálgicas de um tempo que não voltará. Aliás, não me recordo de nenhum tempo que tenha voltado, mas é assim que costumam "metaforizar" quando sentem saudades. Aproveito para roubar uma frase feita não-sei-por-quem. Era lá que eu estudava, brincava, vivia... Lembro das tardes passadas nos jardins do antigo Palácio da República. Tenho lembranças minhas lá em várias idades.
Em fotos de quando era bebê vejo-me chorando no carrinho e no fundo o lago do parque com uma garça. Outras fotos revelam minha irmã e eu brincando, sob os olhares atentos da minha mãe, no parquinho. Lembro também, quando era adolescente das conversas com os amigos do Zaccaria na gruta, e lembro de levar minha melhor amiga para namorar naqueles gramados.
Foi lá, naqueles jardins do palácio, que minha mãe deixou minha tartaruga Suzy após o falecimento do meu pai. E foi no cinema do palácio que assisti o filme "O Rei Leão" - chorei muito quando o pai de Simba, Mufasa, morreu. Talvez por sentir a dor de Simba ao perder o pai.
Lembro dos passeios nas calçadas com minha mãe, das brigas quando queríamos, eu e minha irmã, brincar na rua com os meninos, e das idas ao Supermercado no Largo do Machado (o mais próximo da minha antiga casa).
Quando minha irmã e eu começamos a despontar para a adolescência dois meninos foram expulsos da portaria do nosso prédio aos berros pela minha mãe. Eles tocaram o interfone lá de casa para pedir para nos namorar, claro que cada um com uma de nós. São tantas as lembranças, mas o que mais me dói é pouco lembrar do meu pai. Poucas são as fotos que ele está presente para me puxar da memória estes tempos distantes. Minha atual melhor amiga me disse que provavelmente ele era quem tirava as fotos, por isso não se fazia presente. Acho que prefiro pensar assim que pensar que ele não estava lá. Nas fotos ele não aparecia, mas na minha vida ele sempre esteve, e está!
Lembro das manhãs que acordava, sempre com minha irmã ao meu lado. Até das brigas sinto falta, pelo menos ela estava perto para "apanhar". Agora por vezes me sinto só. Não é carência de carinho, pois isso um grande amor já me supre. É solidão devido ao afastamento da família. Minha irmã; em outro continente, minha mãe; em outro município e meu pai, tomara que esteja no céu!
O que tenho hoje de concreto da minha família são as lembranças em fotografias. Lembranças aprisionadas no Catete. Lembranças "da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos (infelizmente) não trazem mais", como dizia Casimiro de Abreu.

11 dezembro 2006

Vício Cibernético!


Ontem eu estava observando, uma criança de apenas 6 anos, que não gosta de sair de casa, pois prefere ficar jogando no computador. Fiquei impressionada porque até bem pouco tempo atrás uma criança não podia ver uma porta para a rua aberta que saía correndo para fugir.
Não acho que devamos comparar a época de ontem com a de hoje. Essa nostalgia que define que nos outros tempos as coisas eram diferentes e melhores não condiz com um outro fator importante que deve ser analisado. As mudanças e evoluções ocorridas nesse espaço de tempo. Há pouco tempo não havia Internet, mas agora tem,e aí, o que fazer?
Acredito que a cultura do relacionamento real não deva ser esquecida, mas também não abomino o relacionamento virtual, seja ele com pessoas, com entretenimentos ou informações, mas o meio termo deve ser buscado, e, se possível, alcançado. Confesso que me assustei ao ver aquela criança se recusando a sair de casa e ter a chance conhecer outras crianças, brincar, correr, pular, enfim, fazer essas coisas que as crianças devem fazer...
Cabe então aos pais dosar a virtualidade e a realidade na vida dessas crianças, de maneira que ambas as formas sejam vividas sadiamente.

06 dezembro 2006

Por favor, não pichem a minha cidade!



Ando pelas ruas da minha cidade, considerada uma das mais belas do mundo, e me revolto ao ver os escritos nos muros. Na Praça Mauá, por exemplo, não há uma parede sequer que não tenha um rabisco. A situação já está tão descontrolada que os donos dos muros reservam espaço aos pichadores, e as janelas dos andares baixos dos prédios alvos de pixação estão com grades; uma tentativa de manter a privacidade e a segurança.
A cidade é nosso patrimônio e pichar é um ato de vandalismo. Ainda que sejam escritos contra a conjuntura política atual é preciso lembrar que existem meios mais eficientes e inteligentes de expressar opiniões e revoltas sem perder a credibilidade. Não consigo alcançar a importância tão grande que tem o poder adquirido pelos pichadores famosos. São apenas rabiscos! Rabiscos que na maioria das vezes não têm significado algum!
Que hobbie é esse que se sustenta no crime, na depredação do que nos pertence? Não consigo entender a lógica da destruíção como forma de se vangloriar e ser aceito na sociedade e em um determinado grupo. Por favor, não pichem a minha cidade! Não pichem a sua cidade! Deixem ela maravilhosa como sempre foi!

Sem Direção


Como se estivesse solto no ar.
Encontra-se um planeta azul.
A girar, rotar, translar.
Onde há amores de Norte a Sul.

Sob a luz de um alvo luar
E o calor de uma estrela altiva
Vejo uma mulher despontar
Quente, forte, linda, viva...

Pura como a água cristalina
Olhos fitos em meu olhar carente
Pensei estar sozinho nesta cena
Mas eis que surge outro entre a gente

A flecha que meu peito ia cravar
Desviou-se como se a terra movesse
Minha face ferveu a desejar
Que Deus outro amor trouxesse

Choro, nervo, ódio, medo
Infestou meu coração sem sorte
Passe cantando o homem de minha morte
E que ela leve meu sangue logo cedo

Branca Azeredo de Andrade
(Um pouco de simbolismo)

05 dezembro 2006

Bandidos Oportunistas

Já estavam todos estressados. Um longo dia de trabalho e na volta para casa um também longo, talvez até maior, engarrafamento. Mas, como o que está ruim tende a ficar pior, o indivíduo que estava sofrendo no trânsito caótico da Cidade Maravilhosa, rumo ao outro lado da poça (Niterói), fora surpreendido por bandidos oportunistas que aproveitaram a confusão para ganhar o pão de cada dia. É isso aí, não é toda hora que se pode assaltar em série. Pelo menos alguém saiu faturando. Imaginem o lucro que o oportunismo trouxe aos assaltantes.

04 dezembro 2006

É melhor reclamar do trabalho que não ter trabalho pra reclamar

Esta é a frase que tem me motivado ultimamente. É impressionante como essas frases feitas ajudam vez por outra. Na minha atual rotina, ou eu me apego às forças invisíveis ou me aproveito das forças que vêm de pensamentos daqui da Terra mesmo. Como para mim é meio complicado crer no que não vejo, sou obrigada a me apegar aos ditos populares mesmo.
Porém, pensando como cética, esses ditos não dizem nada além do que já sabemos. Contudo nós, seres humanos inseguros, sempre precisamos que "alguém" nos diga o que fazer, como fazer, enfim, precisamos literalmente ouvir aquilo que é óbvio para reafirmarmos nossos próprios conceitos.
É por este motivo que preciso dizer essa frase todos os dias pela manhã. Repito como se fosse um mantra para renovar minhas forças e prosseguir. Acordo cedo, estudo, trabalho, como de marmita feita pela sogra, saio do estágio e vou para outro trabalho. Só às 00:00h de todos os dias sei o que é chegar em casa e relaxar. Isto sem contar os finais de semana, os cuidados com a casa e é claro o marido. É muita tarefa para uma pessoa só, não? É por isso que eu digo e repito, ditos populares se aplicam perfeitamente ao meu cotidiano, será que Deus ajudará a mim, que cedo madrugo?

03 dezembro 2006

Editorial


Vocês devem estar entrando e se perguntando:
- Por que Entropia Máxima?
Bem, Entropia tem vários significados, um deles vem da termologia, e é aquele "H" que nos persegue nos vestibulares de química e física onde temos que analisar aqueles gráficos de temperatura, e calcular... enfim, isso não me interessa nenhum pouco, pois quando escolhi jornalismo tive motivos, e um deles era fugir de toda e qualquer conta, número e afins.
O significado de Entropia ao qual me refiro é aquele que mede o tamanho da transformação que uma informação causa em um indíviduo. Para facilitar, é quando ouvimos uma informação e dizemos:
- Nossa mas eu não sabia disso!
Ou seja, quando uma informação é nova, não foi escutada, e tem algum significado para quem a escuta podemos dizer que ela tem uma ENTROPIA maior que aquela informação que todos já sabem, como: "Existe corrupção no Brasil", isso não é novidade para mais ninguém, infelizmente.
O que é mais dificil é que essa questão de ENTROPIA varia de indivíduo para indivíduo, logo uma informação que pra mim é de extrema relevância, para você pode não significar nada, é como aquela velha história: aquela informação não iria te fazer a menor falta, pois não acrescentou nada à sua vida.
Bem, já tendo explicado o que é essa tal de ENTROPIA, espero poder um dia dizer aqui, informações que vão causar uma ENTROPIA MÁXIMA em todos, como; a corrupção foi vencida no Brasil, não existe mais monopólio dos meios de comunicação neste país, a fome foi findada, o desemprego extinto, a justiça foi honrada e a felicidade multiplicada.